17 de maio de 2024

Visita ao Museu do Ouro- Travassos

Foi no dia 9 de maio, pelas 14.30h, que a turma P54, curso profissional de Gestão de Equipamentos Informáticos, saiu para visitar o Museu do Ouro de Travassos. Esta visita integra-se no estudo do módulo Q5 – Equilíbrio de oxidação-redução, da disciplina de Física e Química e, ao mesmo tempo, pretende dar a conhecer aos alunos um património riquíssimo que muitos desconhecem, pois como diz o provérbio, “santos da casa, não fazem milagres”. Acontece muito frequentemente nas nossas terras, as pessoas (e mais particularmente os jovens) desconhecerem e até desvalorizarem património, objetos, produtos, tradições, que os visitantes/turistas apreciam e elogiam. Este Museu, merece visita, apoio e encómios.

Felizmente que existem homens como o senhor Francisco de Carvalho e Sousa, que, ao longo de cinquenta anos, foi recolhendo objetos, utensílios e mobiliário ligados ao trabalho do ouro, para lhes dar visibilidade, divulgar e valorizar o trabalho de ourivesaria em Travassos, localidade onde, segundo nos informou o guia, Sr. Clemente Fernandes, ainda se encontram 12 oficinas artesanais em funcionamento.

Para quem ainda não sabe da sua existência ou ainda o não visitou, fica o link https://www.museudoouro.com/ para uma breve passagem de olhos, mas o mais aconselhável é mesmo visitá-lo! Os pormenores da criação deste espaço, da paixão do Sr. Francisco por esta arte e dos esforços que fez para reunir todo este espólio, da referência a datas e estudos dos historiadores, arqueólogos e arquitetos, bem como a explicação de como se usavam os diferentes artefactos expostos e até uma exemplificação magistral de uma solda do chamado “coração com chama”. Destacadas foram igualmente as 3 janelas amplas da casa, a matéria-prima para trabalhar o ouro, a sua origem, as percentagens das ligas para se obter filigrana cor de ouro, por exemplo. Ficámos ainda a saber que o “ouro Português” possui 19,2 quilates, e não é “puro” e que uma peça de joalharia é constituída por uma liga de 80% de ouro com mistura de 20% de outros materiais (normalmente prata e cobre).

A terminar a visita e perante um grande recipiente repleto de carvão vegetal ou brasas, a questão colocada foi porquê e para quê?

Pois bem, a resposta foi: para absorver a humidade e os maus odores, como o cheiro a mofo.

Rosa Sousa 

Júlia Branco